quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O futuro criativo das indústrias Criativas do Rio De Janeiro e Estado

Sistema FIRJAN debate o futuro da Indústria Criativa

O Sistema FIRJAN comemorou a Semana da Indústria no dia 27 com uma série de eventos em apoio à expansão da Indústria Criativa. Personalidades nacionais e internacionais do setor, entre eles o consultor britânico Philip Dodd, debateram o tema durante o Fórum Rio Criativo. Em consenso, concluíram que o Rio de Janeiro precisa trabalhar mais o potencial que possui em relação a esse novo setor, que desperta atenção em todas as partes do mundo.

Estudo ainda inédito no Brasil, o Relatório "A Cadeia da Indústria Criativa no Brasil" (arquivo PDF - 887 Kb), lançado ontem, mostra que o Estado do Rio de Janeiro lidera o setor no país.

O reconhecimento da importância de determinadas atividades com conteúdo intelectual, artístico e cultural que agregam valor a bens e serviços se deu no Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, documento do Sistema FIRJAN que destacou a Indústria Criativa entre os segmentos âncora da economia fluminense. O Relatório é o ponto de partida para o Sistema FIRJAN exercer o papel de articulador entre os diversos elos da cadeia produtiva da Indústria Criativa.

Os vencedores dos concursos Curta Criativo e Desafio Criativo, destinados a alunos universitários de Comunicação Social; e das áreas de ambientes projetados e design de produto, respectivamente, foram anunciados e receberam prêmios no valor total de R$ 100 mil.

Também foi aberta ao público a Mostra Rio Criativo, no Museu de Belas Artes (MBA), que exporá, num espaço de 500 metros quadrados, até o dia 26 de junho, objetos de arte e produtos de grandes empresas numa retrospectiva que sintetiza conhecimento e criatividade, bases para o crescimento futuro.

A visão internacional

O consultor britânico de indústrias criativas Philip Dodd abriu o Fórum Rio Criativo com números impressionantes: a cultura gera um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 5 trilhões ao ano no mundo; 30% de todos os graduandos do Reino Unido estão indo trabalhar na Indústria Criativa; e a participação desse setor no PIB britânico já chega a 7,3%.

Para que o Estado do Rio também aproveite esse desenvolvimento, Dodd aconselhou competição em escala global e a procurar uma marca. "Vocês já têm uma vantagem muito grande, porque o Carnaval com certeza está entre a meia dúzia de eventos conhecidos mundialmente".

O consultor defende que o governo desempenhe um papel de facilitador e que não tente legislar sobre a economia criativa. "No momento em que se edita uma lei, o mundo já se moveu e ela não serve mais", afirmou. O papel das autoridades, segundo ele, é dar uma educação criativa às crianças, proteger a propriedade intelectual, ajudar a desenvolver pólos por atividade e se abrir à importação de talentos, sejam do próprio país ou estrangeiros.

"Se eu mandasse no Rio por um dia, juntaria dez pequenos negócios criativos e inovadores, mais filmes e músicas que representam a cidade, e faria um evento em cada grande cidade do mundo. Faria também um dia de portas abertas em todas as Indústrias Criativas, porque a população pode conhecer e se interessar em trabalhar nesse mercado".

Philip Dodd destacou o baixo custo de se desenvolver esse tipo de atividade. "Não é necessário capital para esse negócio. Um computador e alguns contatos bastam. Aluguel baixo também ajuda muito, o que tem um efeito regenerador. Quando os pequenos negócios criativos elegem uma área decadente da cidade, ela rapidamente se recupera", disse.

sábado, 8 de novembro de 2008

Uma forma criativa de ver a política do Rio-Política Rio

Amigos,esse blog tem por hábito indicar sempre uma boa opção para seus leitores.Todo o conceito criativo de cidades,passa por um tema,que para alguns é indigesto ou de difícil assimilação,que vem a ser Política.
Sem a Política,nada pode ser empreendido em qualquer sociedade.Por isso temos que estar sempre atentos e participativos.Para facilitar essa aproximação,recomendamos o blog:

www.politica-rio.blogspot.com

Um blog associado ao nosso ideal e que certamente nos ajudará a promover o progresso da nosso cidade.

A função criativa da Cidade da Música para com a nossa cidade.



O Rio de Janeiro é uma cidade acústica, reconhecida pela sua inesgotável capacidade de apontar tendências e valorizar a sua identidade internacional no Brasil e no mundo. A construção da Cidade da Música potencializa essa vocação, insere o Rio nas redes mundiais de cidades criativas e agrega ainda mais valor ao capital simbólico da cidade.

O projeto do arquiteto Christian de Portzamparc presta uma justa homenagem e incorpora elementos da arquitetura brasileira, consolidando a expansão urbana do Rio em direção à Zona Oeste, oferecendo aos cariocas e aos visitantes da cidade a possibilidade de redescobrir a paisagem da Barra da Tijuca e experimentar um novo espaço de convivência e cultura, formado por uma grande sala de concertos reversível para ópera, uma sala de música de câmara, outros espaços para ensaios e camarins, sala eletroacústica, cinemas, midiateca e restaurante.

Esse equipamento de cultura de proporções inéditas no Brasil e na América Latina oferecerá infra-estrutura de excelência para orquestras sinfônicas e filarmônicas de altíssima qualidade, abrigará óperas importantes, incentivará a formação de platéias, contribuirá para o aperfeiçoamento de músicos e proporcionará condições ideais para a realização de grandes espetáculos. O novo equipamento possibilitará, ainda, a realização simultânea de apresentações musicais nas salas de concertos e de outras performances nos demais espaços destinados às diferentes atividades culturais.


O Trevo das Palmeiras, na Barra da Tijuca, é sede da Cidade da Música. Caracterizada pela ousadia e complexidade do projeto arquitetônico, a Cidade da Música possui suas formas curvilíneas sustentadas por paredes e grandes pilotis. A sensação de movimentação e dinâmica de força se dá através destas paredes aos quais possuem 7 metros de base no chão e aproximadamente 90 metros de apoio em cima. Além disso, a idéia dos pilotis é uma associação à arquitetura moderna brasileira. Vale ressaltar que a arquitetura em forma de curvas compreende na questão da surpresa. A cada perspectiva, ou seja, a cada mudança de ângulo, se tem uma nova visão do projeto, tornando ainda mais surpreendente e envolvente.

Toda a complexidade em obra de acústica foi levada em conta neste projeto. A pureza do som, bem como as melhores adaptações para o desempenho acústico ideal e o conforto do espectador foram as principais preocupações. Para proteger o som e vibração interna, a estrutura de concreto é essencial, uma vez que o concreto é o que há de mais pesado entre as ferramentas de obra. Para concluir o isolamento total do som, as paredes das salas de música são como envelopes, uma dentro da outra, formando uma tripla camada.

Ambientes como a Grande Sala, Sala de Música de Câmara, Sala Eletroacústica, cinemas, midiateca, restaurante, além da nova seda da Orquestra Sinfônica Brasileira, são os que tornarão da Cidade da Música um atrativo aos cariocas e visitantes. Sem perder a valorização da beleza natural da Barra da Tijuca há uma preocupação com o paisagismo, trazendo, desta forma, para o projeto, construção de grandes lagos e jardins com orquídeas, bromélias entre outras espécies.

Todo o cuidado da equipe do arquiteto francês Chistian de Porzamparc, somado com a dedicação das centenas de operários que ali não medem esforços, a Cidade da Música promete sim ser um verdadeiro símbolo não só para a cidade do Rio de Janeiro, mas todo o Brasil e o mundo, fazendo valer o investimento da Prefeitura do Rio.

Na obra, podemos conferir cada detalhe do projeto, a busca pela perfeição. A grande estrutura de concreto sob 10 metros de altura do solo já está nas fases finais. A leveza das formas já pode ser apreciada, assim como parte da plantação dos jardins.

A maior sala de concertos sinfônicos e ópera da América Latina, a tão esperada Grande Sala, também parece caminhar para a sua inauguração. Já estão de pé as torres de camarotes, parte da platéia e palco.

Colocar o Rio de Janeiro em nível cultural tamanha importância levou tempo mas está chegando. Chegando a hora dos brasileiros se orgulharem e se divertirem. A Cidade da Música Roberto Marinho merecem os nossos aplausos.